Reprodução Flickr Hossam el-Hamalawy
O jornal americano "The New York Times" publicou a informação de que a apresentadora e ativista política Bothaina Kamel, de 49 anos, quer se tornar a primeira mulher a concorrer à presidência do Egito.
O anúncio da candidatura foi feito em abril pelo Twitter. Sem alianças com partidos politicos e carregando o slogan "Minha agenda é o Egito", Kamel tem viajado o país para conversar com moradores e conhecer suas frustrações. "Minha carreira escolhida foi a de ouvir as pessoas", disse ela ao jornal.
Mas sua luta política começou bem antes. Em 2005, Bothaina e outras mulheres fundaram o grupo Shayfeen.com, que visa monitorar as eleições parlamentares no país. Um ano depois, a apresentadora tirou licença de seu trabalho como âncora de telejornal quando achou que o controle do governo sobre a mídia estava muito intenso.
Além de incentivar a discussão a respeito do papel das mulheres na vida política do país, a "menina da revolução", como Kamel gosta de ser chamada, costuma servir de escudo proteger os mais jovens de serem presos pela polícia nas passeatas.
Em um país conservador, que não apoia a participação de mulheres na vida política, Kamel, mesmo não vencendo, contribui para fomentar o espírito de redemocratização do Egito, que durante décadas viveu sob o regime de Hosni Mubarak, que deixou o governo em fevereiro deste ano.
Por Juliana Falcão (MBPress)
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