Com o mundo globalizado e a necessidade cada vez maior de se falar outros idiomas, muitos pais questionam qual a melhor idade para seu filho aprender uma segunda língua. Nosso cérebro tem uma capacidade imensa de adaptação e pode aprender qualquer idioma. Quanto mais cedo formos expostos a uma segunda língua melhor será nossa pronúncia e distinção dos fonemas. Só que alguns fatores devem ser avaliados na hora de tomar essa decisão.
“Primeiro, independente de qualquer estudo ou teoria, cada criança é uma criança. Por isso, os pais devem estar atentos para identificar se a criança está com dificuldades para aprender a língua materna” afirma Quézia Bombonatto, psicopedagoga e fonoaudióloga, presidente da ABPP (Associação Brasileira de Psicopedagogia). Depois devemos avaliar o ambiente familiar da criança. Se a aprendizagem bilíngüe ocorre porque os pais são de nacionalidades diferentes, existe o fator motivação. “Expor a criança a uma determina língua na escola e em casa não, irá tornar esse aprendizado mais difícil. É necessário que a criança tenha estímulos e suporte durante essa fase”, ressalta.
Apesar do idioma, principalmente o inglês, ser muito valorizado, não force algo que seu filho tenha muita dificuldade. “Essa atitude criará uma ansiedade que pode sobrecarregar o pequeno”, explica a psicopedagoga.
A exposição da criança a mais de um idioma ao mesmo tempo aumenta o número de conexões cerebrais, ajuda na criatividade e raciocínio rápido. No entanto, alguns cuidados deverão ser tomados. Antes da fase de alfabetização, o contato com a língua deve ser feito somente em linguagem oral. “Deve-se prestar bastante atenção na aquisição dos idiomas pela criança, sobretudo da língua materna. Se alguma dificuldade for observada é melhor priorizar apenas um deles”, afirma Quézia.
O contato escrito com a segunda língua só deve ser feito após a alfabetização, quando a criança consegue lidar com todos os fonemas na escrita e já sabe lidar com os dígrafos sem confundi-los.
“O processo de maturação neurológica para a linguagem deve ser respeitado, principalmente em relação às funções auditivas e visuais. Crianças pequenas alcançam uma pronúncia sem sotaque com mais facilidade, por isso é interessante expor a criança apenas a oralidade da língua. Assim, ela aprenderá o novo idioma por meio de vivências e experiências e não submetidas a um processo formal. Por volta dos seis ou sete anos, a criança já está apta para começar a estudar uma segunda língua, dependendo de cada caso”, finaliza a psicopedagoga.
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