As sócias Mariana e Marianne, com uma das artesãs, Mestra D. Izabel - foto cortesia: Raízes Artesanato
Com foco no artesanato solidário, o grupo Raízes Artesanato, das sócias Marianne Costa e Mariana Madureira, visa a comercialização virtual de um artesanato significativo, dando oportunidade de melhoria de vida para as comunidades produtoras do Norte de Minas e Vale do Jequitinhonha.
O trabalho é prova de que é possível, sim, lucrar com um negócio de cunho social e artesanal. Juntas há quatro anos por meio do turismo, as sócias criaram esse novo projeto de artesanato, onde acreditam que ele pode gerar desenvolvimento econômico e social.
Além disso, o trabalho desenvolvido e administrado pelas jovens gera a autoestima dos artesãos participantes e incentiva a preservação do patrimônio natural e cultural, pois é baseado na valorização de suas matérias-primas e técnicas tradicionais.
A Raízes Artesanato trabalha com 15 comunidades e auxilia na distribuição de mais de 300 tipos de produtos.
Dentre eles destacam-se a tradicional cerâmica do Vale, bordados com fibra de buriti, trançados com taquaril, taboa, capim campestre e palha, patchworks, arraiolos e outras técnicas tradicionais.
Com projetos de investir na exportação dos produtos, Mariana tem como maior preocupação promover uma troca justa com as comunidades artesãs.
Para isso, as meninas viajaram o Brasil para conhecer de perto a realidade de suas comunidades fornecedoras. "Queremos saber de suas histórias, contá-las para nossos clientes e entender que tipo de benefício podemos gerar na vida dessas comunidades", explica Marianne.
Os produtos vendidos por elas levam uma tag que conta de forma resumida a origem das peças e dos seus núcleos produtores. No site e nas redes sociais nas quais a Raízes atua, também há espaço dedicado para esses créditos.
"Seguimos os princípios do comércio justo, tendo como missão distribuir a renda adequadamente entre todos os elos da cadeia, permitindo que os artesãos possam ser reconhecidos e bem remunerados; os clientes possam pagar um preço justo, além de consumir com qualidade e consciência; e que o projeto RaÍzes, elo dessa relação, tenha sustentabilidade", finalizam.
Por Jessica Moraes