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Em busca de autonomia financeira e reconhecimento profissional, muitas mulheres têm adiado o sonho da maternidade para após os 35 anos. No entanto, as chances de concepção de forma natural nessa faixa etária são menores do que quando a mulher está em época de fertilidade, que inicia por volta dos 12 ou 14 anos.
O motivo deste declínio da fertilidade feminina é que cada mulher nasce com um número pré-determinado de óvulos, cerca de 1milhão a 2 milhões, mas apenas 500 amadurecem e são capazes de serem fecundados até a puberdade.
Embora o período fértil feminino termine por volta dos 45 ou 50 anos, quando a mulher chega ao auge dos 30 anos a reserva de óvulos terá diminuído significantemente e continuará reduzindo. "Uma mulher na faixa de 35 anos terá utilizado 90% da reserva de óvulos. Após os 40 anos, a reserva diminui ainda mais podendo chegar a apenas 3%", explica o ginecologista Joji Ueno, doutor em medicina pela Faculdade Medicina da USP.
Por este motivo, é fundamental consultar um especialista em Reprodução Humana para avaliar a produção hormonal e os órgãos reprodutivos femininos: ovários, útero e trompas. Outro recurso é a ultrassonografia pélvica que serve para acompanhar a quantidade de folículos que estimulados a se desenvolverem em cada ovário. Como o envelhecimento dos óvulos é algo natural, vale ressaltar que a fertilização desses óvulos é algo que deve ser pensado devido aos riscos de alterações genéticas no feto.
"Alterações cromossômicas, como a Síndrome de Down, são mais comuns em crianças nascidas de mulheres mais velhas. Além disso, mulheres acima dos 40 sofrem mais riscos de abortos espontâneos", alerta o ginecologista.
Outro fator que deve ser preponderado é no caso de mulheres portadoras de doenças crônicas como pressão alta e diabetes. "Nestes casos, os cuidados devem ser redobrados antes de tentar uma gravidez, pois é fundamental que essas doenças estejam bem controladas", alerta o Dr. Joji Ueno.
Por Vila Mulher
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