No Dia Mundial da Menopausa, que é lembrado sempre no dia 18, a ginecologista e obstetra Carolina Ambrogini esclarece as principais dúvidas com relação ao risco de desenvolver doenças cardiovasculares nessa fase da vida da mulher.
De acordo com a obstetra, quando a mulher entra na menopausa ela perde a proteção cardiovascular oferecida pelo estrogênio. Esse hormônio age nas paredes das artérias promovendo a sua dilatação e também aumenta o colesterol bom, o HDL, que protege contra a formação da placa de aterosclerose. "Outras doenças como a hipertensão, o diabetes, o tabagismo e os altos índices de colesterol e triglicérides também contribuem para o aumento do risco nessa fase", afirma a médica.
Para aquela mulher que não tem doença cardiovascular prévia, Carolina sugere que a terapia hormonal pode ajudar na prevenção, junto com práticas saudáveis de vida. Nesta hora, toda mulher deve ser avaliada de forma individual com relação às suas queixas, fatores de risco e antecedentes pessoais e familiares para que se possa chegar à melhor opção terapêutica. "A terapia hormonal, em baixas doses, como é hoje preconizada, pode sim melhorar a qualidade de vida da mulher que sofre com a menopausa", aconselha.
Além disso, é nesta fase que aumenta o risco de acidente vascular cerebral(AVC). Entre as principais causas está a fibrilação atrial, um tipo de arritmia cardíaca comum, que afeta principalmente as pessoas na maturidade. De acordo com o cardiologista Mauricio Scanavacca, cerca de 60% dos pacientes acima dos 75 anos com fibrilação atrial são mulheres. "É uma doença que praticamente não acomete pessoas jovens e está relacionada a fatores como hipertensão arterial, diabetes e doenças cardiovasculares pré-existentes", afirma Scanavacca.
Atualmente, anticoagulantes modernos como a rivaroxabana (fabricado pela Bayer HealthCare Pharmaceuticals) estão sendo estudados para a prevenção do AVC nos pacientes com fibrilação atrial.
Dos vários tratamentos disponíveis para os sintomas da menopausa, a terapia de reposição hormonal é a mais indicada, pois é a única que demonstra eficácia no alívio dos sintomas (fogachos, insônia, irritabilidade, depressão, atrofia genital, entre outros), protege contra a perda de colágeno e atrofia da pele, conserva a massa óssea e reduz o risco de fraturas por osteoporose com benefícios consideráveis sobre a qualidade de vida das pacientes.
Por Jessica Moraes
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