Melissa, que quase teve sua perna amputada, disse que sentia que sua perna iria explodir! Foto: Reprodução/dailymail
A australiana Melissa King, de 39 anos, quase teve sua perna esquerda amputada depois de ter competido em uma corrida de 10 Km - a Burnie Ten - ao longo da pitoresca costa da Tasmânia (Austrália).
Ao finalizar o percurso, que foi feito em 1 hora e 51 minutos, Melissa contou que começou a sentir seus pés dormentes, e antes de finalizar o trajeto, ela já não podia sentir os dedos dos pés. No entanto, foi para a sua casa, mesmo com fortes dores.
No meio da noite, Melissa acordou seu marido Darren, de 40 anos, dizendo que sentia fortes dores, como se a perna fosse explodir. Imediatamente, seu mariado levou-a até o hospital. Horas depois de chegar ao hospital, sua perna esquerda havia dobrado de tamanho - um teste para revelar a pressão em seu membro tinha subido para um 125, mais de três vezes do que o normal.
Sua perna esquerda inchou fortemente após o trajeto de 10 Km. Foto: Reprodução/dailymail
Melissa, 39 anos, foi diagnosticada com Síndrome de Compartimento - inchaço e/ou hemorragia generalizada no corpo pelo aumento da pressão - e foi levada às pressas para uma cirurgia de emergência. Sua perna teve um acúmulo de sangue ou fluídos no interior das mantas de tecido conjuntivo, que revestem os músculos.
Foto: Reprodução/dailymail
De acordo com médicos, se ela tivesse participado da competição sem ter treinado antes, o músculo poderia ter "morrido" e Melissa teria sua perna amputada. No entanto, ela treinou oito semanas antes para participar e com o auxílio de seu treinador.
Foto: Reprodução/dailymail
A cirurgia teve que reparar os danos e a deixou com uma cicatriz de seu joelho para o tornozelo, do lado de fora de sua perna, e uma incisão de 20 centímetros. Quase 12 meses depois, Melissa está fazendo fisioterapia para tratar a lesão permanente do nervo que ela obteve em suas pernas e pés.
Síndrome de Compartimento
A síndrome de compartimento é uma condição dolorosa que ocorre quando a pressão dentro da bainha que envolve cada músculo aumenta, diminuindo o fluxo sanguíneo. Isso impede a nutrição e oxigenação das células musculares e do nervo.
A síndrome pode ser crônica ou aguda. A aguda é considerada uma emergência médica, e está geralmente associada a ferimentos graves, como fraturas da tíbia. Sem tratamento, esta lesão pode levar a rompimentos musculares permanentes.
Já a crônica é, geralmente, causada por esforço associado à prática desportiva e surge algumas horas após o exercício, em resultado da inflamação causada pelo esforço muscular excessivo.
Por Lívia Duarte
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