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As reclamações de dores muito intensas das mulheres que sofrem de migrânea crônica, popularmente conhecida como enxaqueca crônica, têm fundamento. Estudos mostram que elas sentem três vezes mais a dor de cabeça do que os homens e, ao contrário do que se imagina, a disfunção é muito comum, chegando a afetar cerca de 20% das mulheres e 5 a 10% dos homens.
Pessoas que sofrem com este tipo da doença sentem pelo menos 15 dias de dor de cabeça a cada mês, com duração de mais de quatro horas por dia, por mais de três meses, o que provoca um impacto não só na qualidade de vida, mas na produtividade.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, a enxaqueca é uma doença altamente incapacitante, sendo classificada no mesmo grau que a demência e a tetraplegia. A vida de pessoas que convivem com a doença é profundamente afetada, pois as impede de ter uma rotina normal tanto no trabalho quanto na vida pessoal.
Durante as crises, o paciente não consegue realizar afazeres diários e, muitas vezes, se isola socialmente para suportar as dores. Estudos indicam que 58% dos pacientes que sofrem com a doença tem redução de produtividade no trabalho, e cerca dos 30% têm depressão, ansiedade e/ou dor crônica, além de outros tipos de migrânea.
Apesar de mais frequente nas mulheres, homens também sofrem muito com a disfunção e acredita-se que a origem seja multifatorial. Para ajudar na prevenção, fatores de desencadeamento da dor devem ser conhecidos pelos pacientes para que possam obter um melhor controle da doença.
Entre eles estão:
- Alteração na rotina do sono (prolongado ou reduzido);
- Alto consumo de bebidas com cafeína, como chá e café, ou a privação da substância para quem consome grandes quantidades durante a semana e não repete a ingestão;
- Consumo de determinados alimentos e bebidas (variam de pessoa para pessoa);
- Jejum prolongado;
- Alterações hormonais, como no período menstrual;
- Estresse causado por diferentes motivos;
- Exposição a ruídos altos, odores fortes ou temperaturas elevadas;
- Mudanças súbitas de pressão atmosféricas, como as provocadas por voos comerciais;
Para que a disfunção possa ser diagnosticada corretamente, o médico neurologista ou especialista em dor precisa ter detalhes sobre as crises. No momento da dor é importante que alguns dados como frequência, intensidade, localização e duração sejam anotados.
Por Vila Mulher
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