A passagem por empresas renomadas, bons cursos de atualização, qualificação e domínio de outras línguas enchem os olhos dos selecionadores. Mas há outro item que não consta diretamente no currículo, mas que muitas vezes é decisivo para a conquista da vaga de emprego: a lista de referências.
Segundo uma pesquisa realizada pela empresa Office Team, especializada em recolocação de pessoal, 21% dos recrutadores eliminam candidatos após conversar com antigos contatos profissionais. Entre as informações que os selecionadores mais buscam por meio dessas referências estão descrição das atividades anteriores (36%) e pontos fortes e fracos do candidato (31%).
"A carta de referência procura dar alguma informação extra para o recrutador, não necessariamente elogiosa, mas algo que possa ser um diferencial que o identifique de maneira positiva", comenta Pedro Del Picchia, psicólogo e especialista em Orientação Profissional e de Carreira.
Não é aconselhável colocar as referências no currículo, mas oferecê-las quando perguntadas na entrevista. Só se deve incluir este tipo de informação se estiverem diretamente ligadas à função, ou seja, quando na descrição das atividades o candidato inclui frases como "trabalhei diretamente com o X" ou "minha carteira de negócios incluem empresas como A, B e C". "Estas informações podem ser facilmente conversadas e depois conferidas pelas equipes de recrutamento e seleção das empresas", lembra Del Picchia.
O candidato pode oferecer nome e contato das referências ou entregar uma carta ao selecionador. O texto deve ser feito por alguém que acompanhou de perto o trabalho e que tenha base para "vender" bem este funcionário para outra empresa, sem ser óbvio nem abrangente demais. "É importante que os conteúdos da carta e da conversa que o selecionador terá com o antigo empregador sejam semelhantes. Em caso de grande divergência, pode gerar uma dúvida bem desconfortável", lembra o psicólogo
Para cargos mais simples, como secretária pessoal, Pedro sugere que na carta do último empregador conste as datas (de entrada e saída), um breve resumo das atividades e, até mesmo, as razões pelas quais a pessoa foi desligada.
No caso de cargos mais altos, a carta de referência vale também, mas como nem sempre há superiores, uma avaliação da equipe ou de algum subordinado mais próximo já serve. "Uma carteira de clientes também é interessante. Numa movimentação por meio de hunting, por exemplo, a pessoa pode levar algumas boas referências e futuros contatos comerciais para a nova empresa. Mas, para isso, é preciso que o desligamento tenha sido amistoso", reforça Del Picchia.
Por Juliana Falcão (MBPress)
5 cursos na área da beleza para quem quer empreender!
Ministro norueguês se demite do cargo por carreira da esposa
Ser demitida foi a melhor coisa que me aconteceu
Conheça a primeira mulher a narrar um gol de Copa do Mundo
10 hábitos de sucesso para estudar para o ENEM a partir de agora
Piloto, mulher e mãe: os desafios e felicidades de ser comandante