De um lado, mais famílias paulistanas conseguiram se livrar de parte das suas dívidas no mês passado, entretanto, muita gente está devendo na praça quando usa cartões de crédito. Conforme a Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio), apesar da população reduzir seus débitos, entre maio e junho, de 52% para 49%, as dívidas passaram de 58% para 63% por meio de pagamentos com cartões.
“As taxas de juros encontradas nessa modalidade continuam altíssimas, superiores a 10% ao mês. Sugerimos um planejamento que separe 55% da renda da família para artigos de sobrevivência, para as contas do mês. Porém, o que vemos é um comprometimento de um percentual bem maior em despesas fixas, o que leva as pessoas a utilizarem ‘rotas de fuga’”, afirma a educadora financeira Silvia Alambert, diretora-executiva do programa de ensino The Money Camp no Brasil.
Segundo a Fecomercio, o aumento do percentual de endividamento nessa modalidade se deve ao maior volume de crédito disponível ao consumidor, em todos os segmentos. Para Silvia, o sentimento de que a crise financeira chegou ao fim traz bons reflexos à macroeconomia, mas pode ser devastador ao orçamento familiar. “Uma das principais mensagens de educação financeira que transmitimos é ‘se você não pode comprar algo à vista, é porque não deve comprar’”, afirma.
A dica é usar o cartão de crédito apenas em situações específicas, e somente quando tiver recursos para cobrir rapidamente os custos. Os juros são impagáveis caso entre no rotativo ou permaneça usando o limite do cheque especial por um período longo.
Conforme a Associação Pro Teste dos consumidores, o crédito consignado pode ser uma saída, mas é preciso cautela na contratação, afinal, ele tem desconto em folha de pagamento, e você pode ficar sem recursos para outras despesas domésticas também essenciais.
Há sempre margem de negociação, principalmente no cartão de crédito. Com juros altíssimos, dá sempre para baixar o valor total da dívida. Neste caso, a associação aconselha procure a administradora do cartão para conseguir um acordo.
Por Juliana Lopes
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