Foto: Rafael Firmeza. Divulgação TV Globo
Toda mulher sonha em ser mãe e com o momento de amamentar. Mas, às vezes, ocorrem algumas dificuldades na hora do "primeiro leitinho". A atriz Samara Felippo, por exemplo, teve dificuldades para alimentar a filha Alicia, de dois anos, fruto de seu relacionamento com o jogador de basquete Leandrinho.
Em entrevista para o programa "Mãe & Cia", da GNT, Samara contou que Alicia não conseguia mamar no peito, pois não tinha força para sugar o leite. "Então eles tiraram o colostro e deram uma Chiquinha para ela poder se alimentar. Eu chorava muito", conta Samara. Porém, graças a uma enfermeira que colocou a bebe sentada, de cavalinho, na perna da atriz, a bebê conseguiu mamar e não teve mais problemas com isso.
"Uma vez a Ingrid Guimarães falou: ‘eu vejo essas mulheres nos cartazes, lindas, amamentando. Parece um conto de fadas. E não é um conto de fadas. É sim a sensação mais maravilhosa você amamentar seu neném, mas tem seus perrengues", lembrou Samara.
Segundo a enfermeira responsável pelo curso para gestantes do Hospital e Maternidade São Luiz, Márcia Regina da Silva, a amamentação é um processo de aprendizado e, como qualquer outro, possui dificuldades. Entre eles estão o trauma mamilar, que é uma forte dor nas mamas, acrescida de fissuras e bolhas nos mamilos.
"Há também o ingurgitamento mamário, que é a retenção anormal de leite acompanhado de dor na mama, podendo apresentar até mesmo hipertermia (aumento da temperatura corporal)", explica a enfermeira. Geralmente, estes problemas ocorrem nos primeiros dias pós-parto (três a cinco dias) e depois ou junto com a apojadura (descida do leite).
A dona de casa Marta Tieko Samezima, também encontrou dificuldades para amamentar seu filho, pois não produziu muito leite. "Foi a pior situação que uma mãe pode vivenciar. Meu maior sonho era poder pegar meu filho, acolhê-lo em meus braços e amamentá-lo. Infelizmente isso não foi possível. Logo nas primeiras semanas, meu menino já havia se acostumado com a mamadeira", relata.
Para evitar estes problemas, a enfermeira Márcia Regina acredita que a informação sobre amamentação é a melhor prevenção. "Alimentação auxilia no bem-estar da mãe e, consequentemente, reflete em todos os aspectos a vida do bebê".
O apoio de todos também é decisivo para que a mulher não fique traumatizada. "Tudo depende de como a mulher/mãe lida com tais dificuldades. Mas para isso, o acompanhamento/apoio profissional e da família são fundamentais para o acolhimento da mãe durante o processo de amamentação."
De acordo com a pediatra Raquel Quiles, para uma boa e eficiente amamentação, deve haver uma boa "pega" do seio materno e, para isso, a mãe precisa estar numa posição confortável e relaxada. "O bebê deve estar com roupas adequadas, de preferência com braços e pernas livres, com corpo voltado para mãe e cabeça alinhada com o corpo", esclarece.
"As mamas devem estar expostas e a mãe deve segurar a mama em forma de ‘C’ (dedo polegar na parte superior e os outros quatro dedos na inferior), com cuidado para deixar a aréola livre e para não fazer forma de tesoura. A mãe deve estimular o bebê a pegar o seio, tocando o mamilo nos cantos do seu lábio inferior. Ele, por reflexo, abre a boca e abaixa a língua e, ao pegar a aréola, acaba sugando reflexamente", completa.
Para verificar a boa "pega", a mãe deve observar se:
- a aréola foi em grande parte ou, quase toda, abocanhada (não deixe o bebê pegar só o mamilo, pois machuca;
- o queixo está tocando o seio;
- a boca está bem aberta;
- o lábio inferior está voltado para fora;
- a aréola está mais visível acima da boca do que abaixo.
Por Caroline Belleze Silvi (MBPress)
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