Quando as adolescentes ficam menstruadas pela primeira vez é comum o ciclo permanecer irregular, situação que geralmente se normaliza dois anos depois. As cólicas também aparecem nessa época, mas quando elas se tornam constantes, os pais devem ficar atentos, isso pode ser um indício de endometriose.
“De 40% a 50% das adolescentes que apresentam cólicas incapacitantes, quer dizer, dor intensa que requer repouso e as impede de exercer as atividades normais, podem apresentar endometriose, causa da infertilidade na idade adulta”, explica o ginecologista e obstetra Aléssio Calil Mathias, diretor da Clínica Genesis.
A tendência para ter endometriose pode começar muito cedo, por volta dos 14 anos. As estatísticas apontam que, hoje, a doença atinge cerca de 6 milhões de brasileiras. No mundo, a marca é de 30 milhões. Estimativas do Nepe, Núcleo Interdisciplinar de Ensino e Pesquisa em Endometriose, apontam que as adolescentes com sintomas da endometriose chegam ao diagnóstico até 12 anos depois, quando muitos estragos já foram feitos ao corpo.
“O que poucos consideram é que essa doença se desenvolve lentamente e pode ser desencadeada logo no início da idade reprodutiva, antes mesmo de a menina ter sua primeira relação sexual”, alerta Mathias.
O tratamento, geralmente, implica na realização de uma laparoscopia, em que são removidas áreas de tecido atingidas pela endometriose, e na suspensão de menstruação, na maioria dos casos. “O tipo de medicamento usado para suspender a menstruação e o tempo desse procedimento variam de acordo com cada paciente”, informa o ginecologista.
Aléssio Calil Mathias também recomenda às pacientes a adoção de medidas que facilitem e proporcionem qualidade de vida, tais como comer bem, praticar exercícios e cultivar bons pensamentos. “Esses são elementos adicionais para afastar as complicações da doença e manter o corpo e a mente sob controle”, completos.
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Por Juliana Lopes
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