Casos em que babás agridem os bebês e as crianças, infelizmente, tornaram-se rotineiros nas casas brasileiras e vão parar na imprensa. Em busca de maior proteção para os filhos, as câmeras de vigilância interna passaram a ser item obrigatório na hora de montar o enxoval do bebê.
Recentemente, em Andradina, no interior de São Paulo, os pais de um bebê de sete meses registraram, por meio das câmeras, uma babá agredindo o filho. Graças ao monitoramento, foi possível evitar que os maus tratos continuassem. Nas imagens, a contratada forçou a criança a comer e, logo depois de verificar se alguém estava a observando, deu um tapa nela.
Esse e outros diversos fatos registrados fizeram com que a procura pelas câmeras de monitoramento aumentasse a fim de evitar tais atrocidades que colocam em risco a vida dos pequeninos.
De acordo com Leandro Martins, diretor de monitoramento da Siemens Building Technologies, antigamente, a procura por esse tipo de serviço e equipamento representava 30% da demanda das solicitações, sendo item obrigatório apenas para empresas e estabelecimentos comerciais. Hoje, esse percentual subiu para 50%, demonstrando que as residências, não somente as de alto padrão, também procuram esse tipo de solução.
"Na verdade, com a extensa divulgação na mídia de diversos casos de violência identificados através da gravação de imagens, a sensação de insegurança para as mães é iminente e passou a ser considerada mesmo que não haja motivos para achar que algo está errado" comenta. "Devido à alta rotatividade de babás e assistentes, a confiança no profissional não é imediata, fazendo com que os equipamentos tragam mais tranqüilidade e permitam aos pais saber o que está acontecendo via internet, tudo em tempo real", acrescenta.
O diretor de monitoramento da Siemens explica que, para adquirir o serviço, previamente é feia a elaboração de um projeto de segurança eletrônica, no qual um consultor especializado efetua uma análise de risco no local, indicando os equipamentos mais adequados e onde devem ser instalados. "As soluções não são padronizadas e são indicadas de acordo com a necessidade, porque imóveis têm características distintas", explica Martins.
Em residências, por exemplo, deve-se levar em consideração o tipo de estrutura - se ela é térrea, sobrado, apartamento ou condomínio - e número de cômodos da casa. A rotina da família também é avaliada para que haja a programação efetiva do sistema. É preciso saber o horário de chegada e saída dos funcionários, por exemplo, para que nada prejudique a privacidade dos moradores, já que o acesso às imagens é restrito.
"Hoje há uma grande variedade de equipamentos e modelos para atender às diversas necessidades. Neste caso, as mais indicadas e com melhor relação custo-benefício para monitoramento interno são as câmeras com infravermelho, que possibilitam a visualização noturna e possuem excelente resolução", conta Martins.
Além de receber as devidas instruções para manusear corretamente o sistema implantado, o diretor de monitoramento da Siemens esclarece que seus clientes devem compreender que a segurança efetiva é formada por três pilares: as pessoas, os processos e os equipamentos.
"De nada adianta ter um sistema extremamente avançado se o comportamento dos usuários não for cauteloso. Por exemplo, é preciso obter referências do funcionário antes da contratação, monitorar a visita de prestadores de serviços no local, controlar o horário de acesso das áreas principais da residência e sempre supervisionar o que acontece em casa", revela.
Quanto ao fato de comunicar aos funcionários ou não, Martins finaliza afirmando que todos devem saber que o sistema de monitoramento funciona. Afinal, quando as pessoas descobrem que estão sendo vigiadas, elas tentam a inibir as ações, evitando, assim, uma ação negativa ou um mau comportamento.
Por Carolina Pain (MBPress)
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