Foto © Pat Doyle/CORBIS
A gente sabe que não é fácil fazer uma criança comer alimentos saudáveis. Sem esse hábito, o que se vê por aí é um crescimento de crianças acima do peso. Para se ter uma ideia, a obesidade infantil já atinge 10% das crianças brasileiras e aumentou significativamente nos últimos 20 anos.
Os grandes vilões dessa história são os alimentos industrializados, a falta de exercícios físicos e, acreditem se quiser, os hábitos alimentares das famílias que vivem cada vez mais nas grandes cidades. Os itens são confirmados pelo médico da família e comunidade, Paulo Poli.
"O que a gente percebe, na maioria das vezes, são os pais com sobrepeso e a criança aprendendo a comer de um modo errado", explica. O médico diz que a obesidade infantil é encarada, pelos especialistas, como um problema macro e por questões culturais que devem ser revistas com prioridade. "Por questões de segurança, por exemplo, as crianças não têm mais espaço para brincar na rua, o que leva a praticarem menos atividades físicas", conclui.
De responsabilidade dos pais e da família também está a autoestima da criança. Uma pesquisa recente nos Estados Unidos com mais de 15 mil crianças e adolescentes, a partir dos dois anos de idade, concluiu que metade dos pais avalia seus filhos gordinhos e obesos como mais magros do que eles realmente são. Pelo menos 51% consideravam seus filhos com sobrepeso como dentro ou abaixo do peso normal e os obesos como normais ou um 'pouco cheinhos'.
A dúvida é como saber se seu filho está acima do peso. Existe uma conta bem simples que pode ajudar. Basta multiplicar a idade em anos por dois mais oito. Exemplo: para saber quanto deve pesar, em média, uma criança de 5 anos, multiplica a idade (5) por 2 e soma 8. Ou seja, 5x2+8=18Kg. Claro que essa informação não substitui uma consulta ao pediatra ou especialista, que darão os dados exatos do filhote. E ainda receitar uma dieta especial, se for o caso.
De qualquer, vale ficar de olho na quantidade consumida pela criança. Não existe uma exatidão e padrão porque cada criança tem um mundo distinto, necessidades e realidades bem diferentes.
Em razão disso, é a criança que pode dizer com exatidão quanto pode comer, não o que comer. E não se pode obrigá-la para que coma mais. Normalmente, os meninos comem mais que as meninas, mas em questão de apetite não se pode generalizar.
Por: Natália Farah
As consequências de calar os filhos com recompensas imediatas
Advogado expõe pai que não quer pagar pensão - Leia aqui!
Mãe de 98 anos se muda para asilo para cuidar de filho de 80
7 sinais que identificam uma mãe narcisista
Professora permite que aluna leve bebê às aulas para não faltar
Médica explica por que uma mãe que não ama o filho não é 'desnaturada'