“A sociedade valoriza o jovem, Hoje, para uma pessoa envelhecer bem, ela precisa ter atributos juvenis”, explica a psicóloga Mariana Chalfon, de São Paulo. Ela diz que, antigamente, os filhos queriam ser como os pais - e hoje são os pais que querem ser como os filhos.
“Alguns associam a adolescência dos filhos com a sua adolescência e tentam revivê-la”, afirma a psicóloga Fabiana Rocha Biagigo, também de São Paulo. E ressalta que algumas mães não sabem mesmo lidar com o envelhecimento e começam assumir o comportamento das filhas e até competir com elas. “As mães fazem amizade com os amigos, vão nas mesmas baladas e podem até se envolverem afetivamente com um colega da filha”, ressalta.
Enquanto alguns pais querem curtir os embalos de sábado à noite como se não houvesse amanhã, pode acontecer dos filhos adotarem um comportamento oposto ao dos progenitores e serem totalmente caretas e reservados. Segundo Fabiana, a reação dos filhos com a maneira peculiar de agir dos pais pode variar de acordo com sua personalidade. “Alguns adoram. Outros se sentem invadidos e constrangidos”, diz. Ela fala que o mais importante é o pai ou a mãe saber impor limite na hora certa. “Ter um comportamento jovial não é problema. Mas os adolescentes gostam de testar limites. Se ninguém mostrar o certo e o errado, eles não têm referência”, completa.
Mariana acha que os pais devem ser majoritários dentro de uma família e ter consciência de que a maneira como agem influencia na formação da personalidade dos adolescentes. Para ela, alguns acham que está na moda ser liberal e não impõem limites aos jovens. “Tudo que é só para ficar na moda é um erro. Ficar na moda é igual a ficar igual ao coletivo, as pessoas tem que ter a própria personalidade”, pondera.
É comum vermos mães com um visual alternativo, como tatuagens, piercings, cabelos coloridos e roupas diferentes. Diante disso, Mariana se posiciona “Não se deve confundir valores com estilo. Alguns pais gostam de se vestir de maneira diferente e ter uma aparência peculiar, mas isso não quer dizer que não saibam colocar limites nos filhos”.
Fabiana dá a orientação caso os filhos se sintam incomodados com os abusos dos pais. “O melhor é ter uma conversa franca e expor o que acham e como gostariam que fosse”.
Por Cínthya Dávila (MBPress)
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