Para uma criança crescer com um bom hábito alimentar, é necessário começar a adaptação a todos os sabores desde a gestação. E para que essa prática se mantenha durante o crescimento dos filhos, é necessário que o bom exemplo venha dos pais.
"É possível ensinar aos pequenos bons hábitos alimentares, desde que se torne uma ação da família toda e não somente da criança. O exemplo dos pais e a participação dos filhos na seleção dos alimentos saudáveis são de suma importância, desde a compra até o preparo quando possível", explica a nutricionista Priscila Maximino.
Segundo a especialista, há estudos que demonstram que a diversidade de sabores saudáveis durante a gestação influencia o sabor do líquido amniótico que a criança ingere durante os nove meses e isso pode favorecer seus hábitos alimentares durante a infância.
"Há muitos benefícios da criança consumir verduras e legumes, por exemplo. Desde a prevenção de doenças, como câncer e obesidade, até o sistema imunológico, processo digestivo, crescimento e desenvolvimento", comenta.
Geralmente, quando o bebê sai da fase de consumir somente leite e começa a comer papas e tomar sucos, ocorre a chamada neofobia alimentar, ou seja, o medo de consumir alimentos novos. A criança rejeita o alimento e não quer, em muitos casos, nem experimentar.
"Isso pode envolver fatores emocionais, psicológicos e também problemas no que diz respeito à dificuldade de ingerir sólidos. Para evitar este hábito, a introdução de alimentos desde os seis meses de vida deve ser orientada, com a consistência da comida adequada", diz a nutricionista.
"Em determinados casos, os pais devem procurar a ajuda de um profissional para tentar identificar as causas deste ato."
A neofobia alimentar ainda não é categorizada como doença. É apenas um vício que pode ser administrado durante a gestação. A mãe deve induzir o bebê a se acostumar com todos os sabores, doce, salgado e até amargo. Criar esse costume antes mesmo de nascer, pode ser um remédio contra a neofobia alimentar.
Na fase da adolescência, os jovens começam a ter uma vida agitada, sem muito tempo para comer corretamente, e acabam optando por lanches, fast food e outras opções que substituem o arroz e feijão. "Porém, se a pessoa for acostumada a ingerir verduras e legumes desde criança, ela continua comendo alimentos saudáveis e passa a agregar outros alimentos como é o caso do fast food", esclarece a nutricionista.
Por Caroline Belleze Silvi (MBPress)
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