Foto: divulgação
Felizes as mulheres que batem no peito afirmando que estão sozinhas por opção. Afinal de contas, muitas delas estão cada vez mais independentes e, consequentemente, mais exigentes quando o assunto é homem.
E as constantes mudanças na vida das mulheres têm se tornado enredo de filmes e peças de teatro. Uma delas está há dez anos em cartaz e faz sucesso também em Portugal. Trata-se de "As encalhadas". Com direção de Bibi Ferreira, o espetáculo composto por Miriam Palma, Luciana Riccio e Vivi Alfano satiriza as angústias e prazeres de mulheres das mais diferentes classes sociais.
No palco, três personagens, por motivos diferentes, encontram-se sozinhas. Cecília é solteirona convicta. Tem muitos namorados e deseja encontrar um reprodutor. Narcisa é casada, mas seu marido milionário viaja muito e não lhe dá atenção. Depois de dez anos ela descobre que foi traída e decide divorciar-se. E Grace é vendedora de produtos eróticos e só se envolve com homens comprometidos.
Para Miriam Palma, atriz da peça e autora do texto, as espectadoras se identificam facilmente com as três personagens, mas acredita que Cecília seja a que mais se aproxima das mulheres atuais. "Ela é a típica encalhada por opção, que prefere ficar sozinha a pagar qualquer preço para estar com alguém. É o perfil da executiva que prioriza o trabalho, que quer ter filhos, mas não um homem. Acho que a mulher está deixando de ser romântica", comenta.
Quando questionada se a solteirice pode mesmo ser encarada com bom humor, Miriam diz que tudo depende da idade. "Há gente que acha que existe o príncipe encantado, mas também vejo por aí muita mulher que é feliz sozinha, por não depender mais financeiramente do parceiro. Sem contar que a forma de se relacionar com as pessoas mudou. Hoje se procura namorado pela internet", lembra. "Ninguém morre por estar sozinha. O tempo de sofrer por estar encalhada não existe mais", completa.
Na peça, o trio canta uma música dando dicas de como a mulher pode lidar com a solteirice: "A gente fala para elas fazerem curso de Biologia, um bolo, ser atriz e jogar xadrez", conta aos risos. E avalia: "O lado bom da estar solteira é a independência. Tem que parar de procurar a metade. A mulher precisa estar inteira para depois achar alguém. Se ela depositar a felicidade no outro, certamente vai se decepcionar. Coitada da outra pessoa! É muita responsabilidade ficar responsável pela felicidade de alguém!"
Já que os homens se divertem tanto com as mulheres erradas, Miriam defende que o público feminino deveria fazer o mesmo. "As mulheres se desesperam, fazem pressão, querem logo casar com o cara! Elas precisam ser mais leves, se divertir, resolver a sexualidade. Só assim vão encontrar o cara certo", opina. E declara: "A peça pretende passar a mensagem de que é possível sim ser feliz sozinha. E que antes de qualquer coisa, a mulher precisa estar feliz com ela mesma."
Por Juliana Falcão (MBPress)
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