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Discutir as relações conjugais é tema de filme, de novela e, há algum tempo, vem ganhando também o teatro. Isso por que, segundo avalia a atriz e diretora Rosi Campos, as pessoas querem se ver no palco, querem seus dramas e alegrias personificados no tablado de cortina vermelha.
E foi isso que a peça "Se casamento fosse bom...", que estreou em São Paulo no dia 1° de setembro, sob a direção de Rosi fez: abordou as relações e seus desdobramentos. A comédia, de Fábio Brandi e Nilton Rodrigues, mostra que a procura pelo príncipe encantado é uma furada e que o amor romântico dos contos de fadas não prevê toalhas molhadas, atrasos e falta de dinheiro.
Rosi tem 32 anos de carreira - e 30 de casada. E usou muito dessa experiência, no palco e fora deles, para construir os personagens da peça. "Ao dirigir um espetáculo que fala sobre relações conjugais, por mais distanciamento que se tenha da própria relação, é impossível não buscar semelhanças com o seu modelo de casamento e com o modelo de histórias de casais próximos a você", afirmou em entrevista ao Vila Dois na noite de estreia. "Foi com o olhar também voltado para as próprias experiências que mergulhamos nesse clima, contando, de maneira divertida e bem humorada, os prós e contras do casamento", completou.
Três atores - Cléo Antunes , Nilton Rodrigues, Thiago Tambuque - interpretaram casais de todo tipo, tradicionais ou não, de papel passado ou não, por interesse (no corpo ou nos bens), entre mulheres e entre homens. E a grande pergunta que eles propuseram foi: será o casamento uma instituição falida ou apenas desorganizada? A conclusão, no palco, é simples. Não importa a fórmula, a experiência sempre vale, mesmo com todas as dificuldades.
E bota dificuldade. Haja intolerância, mentira, traição, violência, desapego. Casamento, em geral, passa por tudo isso, de uma maneira ou de outra, afetando drasticamente a vida dos envolvidos. Para Rosi, por exemplo, o pior veneno do casamento é a falta de honestidade e de tolerância. "Tudo ficou mais superficial, mais descartável. É preciso cuidar com isso", disse. "As pessoas precisam aprender a se respeitar mais, a lembrar que ninguém é de ninguém e tentar ser feliz, acreditando na beleza da convivência".
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Parece fácil na teoria, né? Difícil é quando a metade da laranja parece podre, a cara metade amassada e a tampa da panela não faz mais pressão. Seria a rotina do casamento a grande vilã da história? Vale a reflexão - e esse é o papel do espetáculo. Mostrar a realidade - e não a fantasia desenhada pela mídia tradicional. E garantir, claro, boas risadas ao sugerir maneiras de aceitar que o príncipe seja, às vezes, sapo. "Não há pretensão de ditar um modelo perfeito de casamento, mas divertir a todos e despertar o desejo de uma união feliz, mesmo que seja considerada utópica. Afinal, amor não precisa de casamento, mas casamento necessita de amor", filosofa Rosi Campos.
SERVIÇO:
Se Casamento fosse bom...
Apresentações: terças-feiras, às 21h
Local: Teatro Brigadeiro - Avenida Brigadeiro Luiz Antonio, 884, Bela Vista, São Paulo
Ingresso: R$ 40
Por Sabrina Passos (MBPress)
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