Fotos - Lara Campedelli
É no cerrado, em Jalapão (TO), fronteira com os estados da Bahia, Piauí e Maranhão, que nasceu o artesanato capaz de transformar a natureza do capim em bijuterias, bolsas, chapéus e peças, todas tão brilhosas e reluzentes quanto o ouro.
Conforme o Instituto Sociedade População e Natureza (ISPN), a técnica ancestral de “tecer” o capim dourado é uma herança indígena que foi passada aos moradores das comunidades daquela região, uma arte que já é considerada patrimônio cultural nesta localidade.
Só de observar a mãe fazendo o trançado, a artesã Durvalina Ribeiro de Souza aprendeu aos 13 anos a confeccionar as suas peças. Hoje em dia, com a ajuda da irmã, de amigas e também da filha, Durvalina tem uma produção pequena que rende dois mil reais em meses mais prósperos. As vendas são através do catálogo virtual e em feirinhas na capital Palmas.
Fotos - Lara Campedelli
O material geralmente é comprado por quilo, ao custo de R$ 35, o suficiente para confeccionar quatro souplas. “Existem três tipos de capim, o mais grosso, usado pelos índios e indicado para peças maiores, o fininho, para bijuterias, e ainda o esmeralda, que fica mais esbranquiçado ao longo do tempo, por isso não uso esse tipo”, diz.
O instituto afirma que a extração do capim segue os critérios ambientais. A fibra para a costura das peças vem da folha nova de buriti, outra espécie típica do Cerrado. A extração da folha é feita criteriosamente sem prejudicar o desenvolvimento das palmeiras. Ou seja, você compra uma peça bonita e sabe que está exercendo o consumo consciente.
Contatos
Central de Vendas do Artesanato de Tocantins (Artesã Durvalina)
(63) 32174515
http://www.cvatcapimdourado.com.br/
Artesanato em Capim Dourado
(61) 8415-9334
Vendas pelo site
http://www.capimdourado.net/
Fotos - Projeto "Contribuições para a Sustentabilidade Econômica e Ecológica para o Artesanato de Capim Dourado e Buriti no Jalapão"
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