1) Mini muffin: Foto Tony Cenicola/The New York Times/ 2) Mini cannolis - doce típico italiano comum no EUA feito de uma massa doce frita em formato de tubo, recheada de um creme de queijo ricota (ou mascarpone), com a adição de baunilha, chocolate, entre outros ingredientes Foto/Reprodução Fred R. Conrad/The New York Times
Os docinhos em miniatura que fazem sucesso em festas de aniversário e casamentos também ganham espaço nas ruas de Nova York. Lojas como Stuffed Artisan Cannoli, Sugar Sweet and Spot, SpotDessert Bar e até o Starbucks aderiram às versões mini de guloseimas variadas.
A economia compensa tanto para o fabricante quanto para o consumidor. "Eu não quero gastar todo meu dinheiro em um cupcake", disse uma menina de 11 anos ao site do jornal "The New York Times". Stuart Dahan, da Stuffed Artisan Cannoli, aponta o custo-benefício como motivo para o sucesso das versões mini. "O interior dos doces nos custa muito mais do que o exterior", disse.
Brian Wansink, professor da Universidade de Cornell e diretor do grupo interdisciplinar Food Cornell e Brand Lab, conta que comer quantidades menores de alimentos tem se tornado cada vez mais atraente. É como se as pessoas pudessem comer de tudo, só que em doses reduzidas. "Psicologicamente, isto é estimulante e reconfortante".
Ao mesmo tempo, o especialista acredita que os pequenos doces podem levar as pessoas a exagerarem na quantidade. "Ninguém esquece quantos pedaços de pizza comeu, mas sabem estimar quantas asinhas de frango consumiu".
A escritora Ingrid Fetell, ao avaliar os motivos pelos quais mini doces chamam tanto a atenção, usa como exemplo o clássico "Alice no País das Maravilhas". "Uma mudança de escala extrema, tornando as coisas muito grandes ou muito pequenas, nos obriga a reconsiderar nossa própria escala. A visão de seis barras de chocolate pequenas nos faz mais felizes do que uma barra de chocolate gigante, simplesmente porque há mais delas."
Por Juliana Falcão (MBPress)