Foto: Renato Rocha Miranda/Divulgação TV Globo
Quem vê uma pessoa na cadeira de rodas pode até achar que a vida sexual dela é pouco ativa e limitada. Mas você pode estar muito enganado, viu? O portador de deficiência física já redescobriu, há muito tempo, como manter uma relação bem quente.
Recentemente, o mexicano Arturo Valdez escreveu o livro: "Silla Sutra - Sexualidade Activa", que ensina uma variedade de posições inspiradas no Kama Sutra para serem reproduzidas e praticadas pelo cadeirante.
Fabiano Puhlmann é psicólogo, psicoterapeuta e especialista em sexualidade humana. Ele se tornou paraplégico aos 18 anos, depois de mergulhar em uma piscina e quebrar o pescoço. Para o especialista, o deficiente físico precisa reencontrar a intimidade com o próprio corpo e com o corpo do parceiro.
"A proposta da cadeira de rodas como mediadora de posições sexuais ousadas (cadeira sutra) é adotada pela grande maioria dos deficientes. Todo cadeirante, mesmo aqueles que ficaram deficientes físicos a pouco tempo, acabam incorporando a cadeira de rodas como uma extensão de seu corpo", comentou Puhlman.
Para o psicólogo, em um mundo inclusivo com acessibilidade, comunicação e atitudes favoráveis, as pessoas com deficiência se expressam plenamente nos relacionamentos afetivos, sendo paixão ou amor, com outros deficientes ou não. "Pessoas com deficiência aprenderam a lidar com os preconceitos e sabem como reverter o olhar negativista da sociedade", disse ele.
"O envolvimento afetivo é sinônimo de maturidade afetiva. Consegue se envolver quem não tem medo de sofrer, quem não quer fazer ninguém sofrer. Homens e mulheres maduros afetivamente cuidam dos relacionamentos, têm empatia com o parceiro e expressam os sentimentos de modo claro e assertivo. É a capacidade do ser humano de se abrir para desfrutar a atividade sexual com total desprendimento, sem temores, vergonha, culpa ou preconceitos", ressaltou.
Puhlmann é autor do livro "A Revolução Sexual sobre Rodas" e nele o psicólogo conta histórias verdadeiras de seus clientes, para compartilhar e estimular o deficiente a encarar sua situação sem receio. Além disso, o escritor abre o leque para falar da sexualidade do portador de deficiência física, unindo os conceitos da moderna terapia sexual com as histórias verídicas, e através dos contos mitológicos gregos vai dando recados e dicas para melhorar a vivência erótica.
Ao contar suas próprias experiências, o psicoterapeuta afirma que é possível inovar nas posições para apimentar ainda mais a relação, desde que estejam na fantasia do casal, mesmo algumas sendo bem difíceis de executar. E acrescentou: "A fantasia é a mola propulsora da realização sexual e todos nós temos. Aqueles que acham que não as tem estão reprimindo-as. As fantasias sexuais são inevitáveis, e saudáveis, tendo grande importância na vida ativa do casal, pois alimentam uma parte do desejo e das motivações sexuais."
Por Stefane Braga (MBPress)
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