Foto Marília Almeida
Está marcado para esta sexta-feira (28), às 20h, um protesto online contra o resultado machista de uma pesquisa realizada pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). O estudo constatou como a violência contra a mulher ainda é tolerada no Brasil. Isso porque 65,1% dos entrevistados considera que as mulheres que usam roupas curtas merecem ser estupradas. O grupo ainda acredita que "se a mulher soubesse se comportar" o número de ataques seria menor.
Por conta disso, a jornalista Nana Queiroz resolveu juntar o maior número possível de feministas e simpatizantes à causa para protestar contra o resultado absurdo da pesquisa e ainda conscientizar as pessoas de que não é a vestimenta da mulher que servirá como justificativa para um estupro ou qualquer outro tipo de violência.
Como tudo na internet, a causa que nasceu em uma página no Facebook se espalhou monstruosamente. Em menos de 24 horas, mais de 6 mil pessoas marcaram presença e estão dispostas a se mobilizar por meio do protesto.
Em conversa com o "Vila Mulher", Nana conta: "Resolvemos criar uma manifestação online porque na internet a gente vira um só. Se fossemos às ruas, ficaria difícil organizar mulheres no Brasil inteiro e a revolta poderia diminuir".
A ideia é fazer com que meninas e mulheres fiquem nuas e se fotografem da cintura pra cima cobrindo os seios com um cartaz dizendo "Eu também não mereço ser estuprada" e postem a foto em seu próprio perfil com a hashtag #EuNãoMereçoSerEstuprada.
Segundo a organizadora, a nudez não é obrigatória. "Poste uma foto como quiser. O que importa é que nós, como mulheres, demonstremos como ninguém é dono do nosso corpo além de nós mesmas", explica.
No início, houve uma preocupação por conta das fotos se transformarem em símbolos sexuais e acabassem reproduzindo os padrões machistas. Uma tensão ainda surgiu em relação às fotos serem utilizadas por outros internautas de forma negativa. No entanto, como Nana observa, o protesto é mais importante do que isso. O motivo? "As pessoas já usam sua imagem na rua, na balada, etc. Por isso você vai deixar de usar minissaia?", questiona.
Os homens que desejarem aderir ao protesto também tem opção: "Fotografem suas namoradas/esposas, convidem mais mulheres, incentivem, não transem com meninas dormindo ou muito bêbadas/drogadas, lembrem-se sempre que, na dúvida, é estupro! Vocês também podem criar um movimento de apoio sugerindo as fotos que quiserem".
"Eu imagino que muitas pessoas vão ficar sabendo do protesto quando começarem a ver as postagens e espero que elas participem, mesmo mais tarde. A principal ideia é que outras mulheres vejam e queiram ser respeitadas. Se mudarmos pelo menos a cabeça de algumas mulheres já vai ser uma grande vitória."
Página do protesto: https://www.facebook.com/events/718713144818641/
E você, vai ficar de fora?
Por Alessandra Vespa (MBPress)
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