Você já deve ter ouvido que a liberdade sexual mudou a vida das novas gerações, principalmente das mulheres. Isso é um fato. Mas, será que essa liberdade só trouxe benefícios, ou de quebra serve para alimentar falsas expectativas e padrões inalcançáveis?
A psicóloga e sexóloga Dra. Carla Cecarello acredita que com a abertura do assunto as pessoas passaram a fazer sexo com mais segurança. Por outro lado, a mídia abriu ainda mais espaço para os padrões de beleza, as pessoas passaram a crer que há um prazo máximo para ficar sem sexo e, principalmente, que há o jeito certo de se transar. "Você acaba se comparando e ficando frustrada por não atender ao padrão", afirma. Ela reforça que o receptor deve usar a informação para abrir a sua mente e que se ele não souber usá-la pode acabar sofrendo com isso.
A sexóloga Carmita Abdo, coordenadora do Projeto Sexualidade (Prosex) da Universidade de São Paulo (USP), coordenou uma pesquisa sobre a qualidade de vida dos brasileiros. Foram ouvidas 8.237 pessoas, entre 18 e 71 anos, de dez capitais nacionais. A maioria dos entrevistados tinha entre 18 e 25 ou entre 26 e 40 anos. Os homens que mais querem sexo são os mineiros, a maioria afirmou que gostaria de ter oito relações semanais. Os paulistas são os mais despretensiosos e se contentariam com cinco transas por semana.
A estudante de turismo Fabiana Faria, 26 anos, afirma que a quantidade não é o mais importante: "Se o sexo não for bom, nenhuma mulher irá querer oito vezes por semana. Acredito que há muitos fatores que influenciam no relacionamento, sexo não é tudo. Por outro lado, se o rapaz não se empenhar em me conhecer e ouvir as minhas preferências não há relação que dure".
Outro fator muito comum em uma relação longa é a falta de diálogo entre o casal. A sexóloga ressalta que as mulheres costumam se sentir menos à vontade para falar sobre sexo. "É muito comum os casais depois de um tempo de relacionamento não conversarem sobre a sua intimidade. Isso se dá porque depois do casamento passamos a ver as qualidades não tão admiráveis do companheiro, o que acaba gerando um atrito e uma distância que se reflete na cama", esclarece Dra. Carla.
A pesquisa também revelou que eles dão mais valor à vida sexual. Em uma lista de dez prioridades "sexo" apareceu em terceiro lugar, só perdendo para "alimentação saudável" e "tempo de convivência com a família". As mulheres parecem ligar muito menos para sexo, em relação aos homens. "Atividade sexual satisfatória" é o oitavo item das listas de prioridades femininas. Elas dão mais importância a trabalhar no que gosta, qualidade de vida e bem-estar.
Na opinião da sexóloga, a mulher é mais pró-ativa quando se trata de acender a chama da paixão.
"Quando ela percebe que o relacionamento esta esfriando, ela procura se informar sobre como poderia salvar a relação. Ela é mais atirada para buscar ajuda. Ao mesmo tempo, as mulheres têm mais dificuldade em dizer o que desejam", garante Dra. Carla. A especialista realizou um estudo em cinco estados do Brasil (Goiana, Porto Alegre, Salvador, São Paulo e Rio de Janeiro), foram ouvidos 3.026 homens. O resultado aponta que eles buscam informações sobre sexualidade em primeiro lugar com amigos, depois com a parceira, na internet e, por último, com os médicos.
Por Bianca de Souza (MBPress)
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